Li um artigo de um cara (que perdi) sobre como tudo que for criado depois que tivermos 30 anos de idade vai ser sempre uma ferramenta estranha, mesmo que aprendamos a usá-la, nunca a dominaremos por completo. Não dei muita bola já que ainda me restariam uns sete anos de tranquilidade tecnológica, até o momento em que li isso:
você vai apertar a campainha e usa qual dedo? se for o indicador, você quase certamente tem mais de trinta anos de idade. os mais jovens usam o dedãoJá tinha lido sobre o dedões superdesenvolvidos mas não sabia da estatística dos 30 anos, e aí que me preocupei porque, aos 23, nunca cogitei usar qualquer outro dedo para tocar uma campainha que não o indicador. Isso indica (no pun inded) que, tecnologicamente, já passou a minha época?
Não se trata apenas de dedões. De uns tempos para cá, comecei a me deparar com um comportamento de gerações mais jovens que eu jamais poderia ter imaginado. Há não muito tempo, eu acreditava estar acompanhando as mudanças mesmo que à distância. Por exemplo tirar fotos em frente ao espelho e montar um flickr não é algo da minha geração, mas eu sempre soube que era atividade corrente entre meninas uns anos mais novas. Mas agora me aparece isso de sexting, do qual eu nunca tinha ouvido falar mas deve ser minimamente popular nos EUA para já ter até uma denominação específica.
Fora o espanto de saber que adolescentes estão se mandando fotos explicitamente sexuais e o espanto de saber que estão sendo tratados como criminosos por isso, o ponto é que coisas como sexting e dedões superdesenvolvidos me dão a sólida sensação de que já há no mundo uma geração a qual eu absolutamente não pertenço. É primeira generation gap de que participo no grupo dos mais velhos.
Um comentário:
que bom que não sou só eu o maníaco por criar novos blogs.
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