fevereiro 26, 2009

Ainda é feio gostar de ver o Oscar?

Já se passaram uns três dias desde o Oscar, mas como ninguém se recuperou ainda do Carnaval, acho que está em tempo de dizer o que eu gostei e não gostei nessa que vinha prometendo ser uma cerimônia inovadora. E foi. E funcionou. E eu ganhei o bolão milionário que fizemos entre quatro pessoas. Mas ninguém me pagou. 



Hugh Jackman virou meu ator preferido. Pelo menos, meu ator preferido quando não está atuando, porque acho que jamais me recuperarei de Austrália. Mas Hugh Jackman cantando e dançando é meu ator preferido. Podia ir cantar e dançar lá em casa.









Atores indicados foram anunciados por cinco atores que venceram em outros anos. Rendeu alguns momentos bonitos, alguns momento engraçados e alguns momentos constrangedores. Qualidades de uma boa cerimônia, eu diria.











Eddie Murhy errou o caminho e ao invés de ir para a entrega dos Framboesas de Ouro acabou no Oscar.












Hugh Jackman em seu musical "preparado em casa" cantou com Anne Hathaway a paraódia para Frost/Nixon. Já disse que Hugh Jackman é meu ator preferido?












Heath Ledger levou o Oscar previsível da noite e sua família fez a platéia inteira chorar.













O completo maluco que caminhou na corda bamba entre as torres gêmeas e inspirou o documetário O Equilibrista fez um truque de mágica e equilibrou o Oscar no queixo. Deveria dar um curso de "como receber a sua estatueta" para todos os indicados.


















Penélope Cruz ganhou e agradeceu ao Almodóvar, que nada tem a ver com o filme pelo qual ela ganhou. Gostei da lealdade à Espanha.


















Sean Penn ganhou e reforçou o discurso do roteirista de Milk dizendo que aqueles que votaram contra a Proposição 8 ainda sentirão vergonha por isso diante de seus netos. Achei uma abordagem interessante pro tema. Se hoje alguém teria vergonha de ter uma avô escravocrata ou nazista, é possível que no futuro ter um avô homofóbico seja igualmente injustificável.














E esse é o roteirista do Milk, que foi a coisa mais querida e provou que todos os homens gays são bonitos.



















Ben Stiller imitou Joaquin Phoenix provando que um hoax é sempre a melhor estratégia para ser o centro das atenções. Se tudo der errado, vou largar o jornalismo e virar rapper.









Sophia Loren fez tantas coisas com o rosto que eu juro que não sei se acho que ela está bonita ou feia.






Ia comentar também a grande presença de estrangeiros. Pelo menos dois japoneses saíram premiados e muitos, muitos indianos estavam por lá, mas não peguei fotos deles porque eram meio parecidos entre si e eu me confundia. Não é algo de que eu me orgulhe, mas não tenho culpa se o olhar ocidental não tem treino para diferenciar os traços orientais. Juro que quando um indiano dizer que eu sou igual à metade do mundo não vou me ofender.

Mas eram muito estrangeiros, como eu dizia, o que pode ser bom ou pode ser só política. Mas, de qualquer modo, Bollywood e Hollywood nunca estiveram tão próximas, o que só pode ser boa coisa.

Nenhum comentário: